sábado, 30 de outubro de 2010

"Sua arte importa"

    Interessante como coisas simples podem nos afetar tanto. Uma música, uma frase (seja ela de um livro ou de um filme), um episódio de série. Essa coisa de atingir pessoas que tu nem sequer conhece e provavelmente não chegue a conhecer me encanta. E é isso que a arte possibilita.
    Tem algumas coisas que ficam na memória, marcam épocas da vida ou simplesmente te tocam a alma de uma forma especial. Quando criança, antes de dormir sempre escutava uma música chamada "I love you, baby" da cantora Adriana (denunciei minha idade? se é que alguém conhece a música. kkkk) e tenho um carinho muito especial por essa canção. Sempre que a escuto me vem uma sensação muito boa. O primeiro show que fui na minha vida, ainda criança, foi do grupo Roupa Nova e de Zezé di Camargo e Luciano. As músicas do Roupa Nova entraram nos meus pequenos ouvidos e ficaram guardados na memória, alguns anos depois redescobri o grupo e me apaixonei pelas canções, qualidade vocal. Acho que esse show teve uma pontinha de contribuição pra isso.
    Sou de Pernambuco e por aqui sempre tem um forró tocando em algum lugar (pelo menos na cidade onde moro), a maioria do som que toca é o forró putaria, como assim o chamo. Mas existe o forró, forró mesmo, com letras bonitas de se ouvir. Nesses dias vi um programa especial com músicas de Luiz Gonzaga, e parei pra ouvir as letras (não que não as escute, mais prestei mais atenção), e como ele diz verdades de uma maneira tão clara, simples. Um exemplo Asa Branca, composta em 1947, é tocante e querendo ou não ainda atual (infelizmente). Tem aindas as românticas (se assim posso chamá-las) Sabiá e Que nem jiló. Umas das tantas músicas do rei do baião que me arrepiam. Um matuto muito inteligente não? (Se você não gosta de forró, vença um preconceito e pelo menos leia a letra, vale a pena. ;D )
    Outro que me causa grande admiração é Charles Chaplin. O moço com os poucos recuros da época, conseguiu criar filmes tão maravilhosos, repletos de humor e críticas. Tempos modernos (clássico que praticamente todo mundo já viu na escola ou na faculdade). O grande ditador. Só pra citar os que estão mais frescos na minha mente.
    Do mundo das séries posso citar a primeira que acompanhei de verdade, One tree hill. Quando se lê a descrição, a gente pensa que é mais um enlatado americano cheio de besteirol. E é bom ver como as coisas são diferentes. Repleta de citações e referências musicais é um prato cheio de conhecimento. Por exemplo descobri o grupo The cure graças a série e uma personagem em especial.
    Resumindo considero que o artista se torna, de alguma forma, um imortal. 


  Obs.: A produção cultural me parece muito melhor justamente em épocas em que a situação seja no Brasil ou no mundo, estava conturbada. Teria mesmo isso alguma relação, ou é só impressão minha?

  Obs. 2: Quase que esse post não sai, pensei que era uma boa 'escritora', mas sinto que preciso voltar para as aulas do ensino médio. Não praticar redação tantos anos não me fez bem. rsrsrs Mas com o tempo espero melhorar a organização do texto, a argumentação. Como eu disse é meu desafio, deixo aqui registrado pra aprender com os erros.
 
    O nome do post é uma citação da série One tree hill (por isso as aspas) que se encontra no 2º episódio da primeira temporada e no 2º da sexta temporada.

Inté mais.

2 comentários:

  1. Nunca assisti "One tree hill", fiquei curioso.

    Uma coisa que sempre me chocou, digamos assim, é quando vemos declarações dos artistas sobre suas obras, desprezando justamente a música que mais gostamos. Daí percebemos como a arte é realmente algo pessoal, íntimo. O que é bom pra um é péssimo pro outro, às vezes seu próprio autor, inclusive! ;)

    A música nordestina é realmente muito rica. Infelizmente o que chega ao "sul" é quase nada, e geralmente nem é sua melhor expressão.

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  2. Infelizmente a maior parte do que chega no sul é o forró putaria.

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